Kim Coimbra

Nasceu em 1988. Vive e trabalho em Itajaí, Santa Catarina, Brasil.

Graduado em artes visuais pela Universidade do Vale do Itajaí pelo Parfor e Plataforma Freire. Professor da rede pública de ensino. Propositor do Aí, acompanhamento de processos artísticos em artes visuais do programa de arte da Fundação Cultural de Itajaí. Coordenador da DES, editora e espaço de pesquisa e produção em artes visuais. Responsável pelo Projeto Portuário e a Publicação Zona Portuária.

Diante do apagamento das histórias em nosso tempo, falar do esquecimento das coisas cotidianas pode parecer ser superficial. Mas este esquecimento, e o fato de não se falar sobre isso por parecer irrelevante, é também produto de uma arquitetura genocida. Alguém que é arrancado constantemente de seu lugar, ou que sempre está fugindo, acaba esquecendo coisas no caminho. Podemos andar por anos pelas ruas de um bairro, vendo a mesma casa, e de repente um dia ela desaparece. A gente usa a mesma marca de caderno, e de repente não se encontra mais e depois de alguns anos, ninguém mais lembra de que aquilo ali existia.

Kim, tem se interessado por pesquisar relações entre procedimentos de coleta e processos de coleção e o modo de apresentação destes através de desenhos, fotografias, vídeos e publicações. sobretudo o desenho de palavras. Pode ser também um breve gesto, um tom de uma mesma cor, uma palavra repetida numa tipografia específica, os papéis guardados e amarelecidos pelo tempo, lapiseirasescolares ou os cadernos que não encontramos mais.